terça-feira, 14 de maio de 2013

Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)


Segunda história
Manuel e Joaquim entraram para o t’rrorismo internacional, um modo fácil d’virar cel’bridade e d’apurrinhar os americanos q’bem merecem. E s’eram t’rroristas natural q’praticassem atentados hediondos e outras bestialidades. No décimo andar  d’um edifício no centro d’Nova Iorque , num apartamento até q’bem bunitinhu , o Manuel pruvidenciava um petardo com uma panel’d’pressão r’chiada d’pregos da milhoire qualidade, enquanto o Joaquim fingia arremessar-se da janela com o intuito d’fazeire juntar l’embaixo uma multidão d’gente curiosa – pois atentado q’s’preze deve ter multidão e era afinal d’contas em cima d’ela q’se lançaria o demolidoire explosivo. A multidão  formou-se rapidinho e lá d’baixo acenava e gritava: pula, pula! Isso  deixou o Joaquim  tão comuvido q’chamou o Manuel pra dizeire o quanto essa gente é hospitaleira – q’nem o conhecia, q’nem falava sua língua e já o  tratava assim tão amistosa , tão cãrinhosamente, querendo q’el’descesse e mais rapidinho pra perto d’eles.  O Manuel também s’pôs tão cheio d’sentimento nu coração  q’imediatamente decidiu  substituire os ingredientes da panel’d’pressão por  postas d’bacalhau e batatas, temperados com louro, dentes d’alho e azeite d’oliva da milhoire safra. Depois desceram , não pel’janela evident’mente, mas d’elevador, e dirigiram-se ao encontro da multidão a ofereceire a eles o d’licioso pr’parado. Em s’guida se puseram  abraçaire e beijaire a todos , um pur um, num raro, emucionante e ind’scritível esp’táculo d’amizade e fraternidade entre os povos e nações.

Noutru dia s’via estampada num buletim interno da organização Al-Qaeda, esta atônita e indignada manchete:

“EM NOVA IORQUE DOIS TERRORISTAS DE MERDA AVACALHARAM POR COMPLETO COM A NOSSA ABENÇOADA PROFISSÃO”.

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