Terceira história
O
Joaquim incontrou uma lâmpada maravilhosa pirdida numa calçada. Isfregou ela e
d’ela iscapou um gênio com um bigode enorme do tamanho do q’ tinha o Bartolomeu
Bueno da Silva.
- Ó,
Thomas Edison! – exclamou o Joaquim.
- Q’Thomas
Edison, ó paspalho? Não vês q’sou o Manuel? – reagiu o gênio.
-
Manuel! Como é q’tu podes caber dentro dessa lâmpada com essa bruta barriga? – disse o Joaquim.
-
Vais logo pedindo 3 d’sejos q’eu tenho mais o q'fazeire.
-
Pois vou pedire um d’aqueles autumóveis impurtados d’grandi vilocidade.
- E
pra quê?- disse o Manuel irritado. Pra d’pois saires pur aí atrupelando as
p'ssoas ? Não dou autumóvel impurtado coisa n'nhuma. Faça o s'gundu d’sejo.
- Intão
me dês uma mansão d’essas caríssimas q’ficam
numa ilha paradisíaca.
- Ó,
grande cretino! Achas q’s’eu pudesse dar-te uma mansão eu iria morar
apertadinho nessa merda d’lâmpada q’inda pur cima é iscura? – falou o
Manuel. -Trates d’p’dire coisas mais simples,
não vês o tamanho da crise em q’se encontra Purtugal?
- Está
bain, está bain. – r’signou-se o Joaquim. - Então me mandes pra Lua. Quero ver d’lá a
Terra minguante , a Terra crescente e as inebriantes noites d’Terra cheia.
- Ai,
Jisuis! Istou impressionado. Em q’poeta lunático tu te transformaste! Quantos
quilômetros achas q’ tem daqui até a Lua, seu istúpido? Daria pra ires pra
Lisboa e voltaire três mil vezes. Peças mais um, vá, vou-lhe daire um bônus
track.
O
Joaquim ritorceu a boca, levou a mão à bexiga, pensou e p’diu:
- Ai,
estou a precisaire é d’um banheiro
químico.
- O
quê?! - espantou-se o Manuel. O que pensas q’vais fazeire com um banheiro
químico, ó cretino? Estais a deliraire? Acorda, Joaquim! Acorda!
Intão o Joaquim acurdou . Acurdou assustado
com o Manuel a bateire na porta e a gritaire q’estavam ambos atrasados pra o
trabalho na Companhia d’Força e d’Luz.
E o
susto foi tãmanho q’o Joaquim urinou-se tudinhu.
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