terça-feira, 24 de dezembro de 2013
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Máximas rudimentares de Shao Xao Ciao, um filósofo sino-bolonhês
A Globo fez mea culpa pelo apoio que deu à
ditadura. Agora, toda vez que trata de sonegação eu esfrego as mãos: oba, vem outro!
Tem privilégio até no
mundo vegetal! Vejam aquela florzinha – pô, por que só ela se chama primavera?
sexta-feira, 26 de julho de 2013
CAFÉ DE COCÔ DE CU DE JACU
Já tomô? Bão que só. Iguaria dessa chega a custar 300 conto o quilo! 8 conto uma chicrinha!
O mineirinho, faro fino pros negócio, tinha lá uns pé de café e umas cria de jacu.
Um dia recebeu um cumpadre com aquela hospitalidade costumeira: sorrisão, abraços, etc.
- Que beleza de galinha é essa? - reparou o cumpadre numas ave isquisita ciscando no chão.
- É galinha, não - retrucou o mineirinho.
- Uai, é quê, intão?
- É jacu.
- Jacu?
- É. Pra fazê café de cocô de cu de jacu.
- Diacho! Café de quê?
- Já disse: de cocô de cu de jacu. É só pô o pó do cocô no coadô e tomá.
- Diacho! E fica bão?
- Bão que só.
- Hum,...- fez o cumpadre fungando no ar – deve de sê memo, pelo cheirinho que vem vindo,... a cumadre já tá passando um fresquim.
- Tá, não.
- Não? Mas que tá cherano, tá.
- É o jacu.
- O jacu?
- É. O jacu que peidô.
O mineirinho, faro fino pros negócio, tinha lá uns pé de café e umas cria de jacu.
Um dia recebeu um cumpadre com aquela hospitalidade costumeira: sorrisão, abraços, etc.
- Que beleza de galinha é essa? - reparou o cumpadre numas ave isquisita ciscando no chão.
- É galinha, não - retrucou o mineirinho.
- Uai, é quê, intão?
- É jacu.
- Jacu?
- É. Pra fazê café de cocô de cu de jacu.
- Diacho! Café de quê?
- Já disse: de cocô de cu de jacu. É só pô o pó do cocô no coadô e tomá.
- Diacho! E fica bão?
- Bão que só.
- Hum,...- fez o cumpadre fungando no ar – deve de sê memo, pelo cheirinho que vem vindo,... a cumadre já tá passando um fresquim.
- Tá, não.
- Não? Mas que tá cherano, tá.
- É o jacu.
- O jacu?
- É. O jacu que peidô.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
quarta-feira, 12 de junho de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)
Quinta história
Trata-se
esta história d’uma fita purnugráfica, a q’as crianças tambaim podem veire desd’q’acompanhadas dos pais.
O
Joaquim incontra-se com o Manuel numa praia d’nudismo. O Manuel está tudinho
int’rrado n’areia só aparecendo sua vulumosa cabeça.
-
Joaquim, tu tambaim aderiste à prática do p’ladismo? – diz o Manuel.
- P’ladismo,
não: naturismo – corrige o Joaquim.
- P’rmita-me
observar, mas q’coisinha insignificante tens
aí, hein!, hahaha – diz o Manuel a troçaire da piroca do Joaquim.
- E
tu deves estaire a morreire d’virgonha da sua, assim todinho int’rrado – r’bate
o Joaquim.
- Joaquim,
tu és mesmo um cr’tino – r’plica o Manuel. - Não vês q’é uma m’táfora a repr’sentaire o racionalismo
ocidental em contrapusição à ispiritualidade oriental?
Nest’momento
entra em cena a Mãria. Istá inteiri-nha m’tida numa burca – a representaire a
tal da ispiritualidade oriental - só
mostrando seus olhinhos pr’tinhos d’jabuticaba. O Manuel, ixcita-do, diz qualquer coisa d’cunho tipicamente
ocidental:
-
Hum, esta cachopa é a nora q’meu pai gustaria d’teire. Livre-se d’sse casulo,
minha doce burbuleta, e venha pousar em meu sulitário curação.
É
quando s’met’em cena um índio da tribo kaiapó.
- Mim
procurar a praia de naturismo.
-
Aqui mesmo - diz o Joaquim.
- Vejo
q’estais ixtraviado - diz o Manuel.
- Ixtraviado?
– diz o Joaquim. - Hum, tem m’smo um jeitão.
- Mim
veio praticar naturismo, como vocês.
- Epa,
a mim tu não comes, não - esquiva-se o Joaquim.
- Nem
a mim - diz o Manuel. – Mas que raios, não estoi a veire a m’nor graça: um índio a prati-caire p’ladismo
, q’ r’dundância istupida é essa?
- E
você, por que estar enterrado feito uma marmota? E essa mulher, por que veste
esse manto num campo de nudismo? E quem é esse bofe interessantíssimo do seu
lado? – diz o kaiapó.
A
Mãria interrompe a cunversa , apruxima-se da cabeça du Manuel e diz:
- Tu
falas coisas tão lindas.
E
d’pois o beija ardent’mente.
O índio aproxima-se do Joaquim para beijá-lo
tambaim ard’nt’mente, mas o Joaquim escaf’d-se d’le pra Purtugal atravessando o
oceano a nado.
O Manuel
apaixona-se p’rdidamente p’la Maria e ela pur ele , vivendo ambos f’lizes pra
sempre – ela d’burca e o Manuel tambaim d’burca.
O índio e o Joaquim têm igualmente um final
f’liz. Acabam s’incontrando, s’gostando e s’casando - mas isso em Paris, pois q’agora lá el’s deixam.
Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)
Sexta história
Os eletricistas
Manuel e Joaquim estão a trabalhaire num poste. Em cima o Manuel a mexeire com
os fios e lá embaixo o Joaquim a seguraire a escada.
D’repente
deu no Joaquim uma vontade bestial d’tomaire um lanche. Abriu um pacotinho e
antes d’levaire o lanche à boca, el’gritou:
- Ó ,
Manuel!
- Q’é? –
respondeu o Manuel lá d’cima.
- Queres
uma torrada?
- Hãin?
-
P'rguntei se tu queres uma torrada?
Foi
então q’o Manuel distraiu-se , tomou um bruta dum curto-cicuito e quedou-se lá
embaixo estat’lado e pretinho da silva.
O
Joaquim aproximou-se d’ele , suspirou e disse:
- Bãin,
... parece q’o Manuel não bai quereire uma torrada.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)
Quarta história
O Joaquim almoçava sussegado c’os cutuvelos
sobre a mesa quando comiçou a ouvire um rangido isquisito. Tirava os cutuvelos
da mesa mas ela rangia mesmo assim. Culucava eles d'volta i el’rangia outra
vez. Aburrecido, tirou o prato da mesa e passou a almoçaire com o prato nu colo,
mas ind'assim a cretina da mesa rangia.
- Cacête d’mesa d’sgraçada, gritou ele furioso.
E
mandou um chute tão puderoso n’ela q’ela foi paraire na parede i quebrou-se pur
inteiro. O Joaquim respirou aliviado, e voltou a sentaire na cãdeira pra pruss’guire
com o almoço, mas mal l'vou o garfo à
boca e a maldita mesa rangeu d’novo m'smo estando espatifada. Ergueu a mesa com os
braços e a jogou com toda força q’tinha lá nos fundos do quintal deixando el’em p’tição d’miséria. Foi intão q’a vizinha Maria tucou a campainha a sabeire o
q’se passava e purquê d’tanta algaravia. O Joaquim intão of’receu a cãdeira pra
q’ela s’sentasse inquanto preparava um cafezinho i contava a história toda. Mal
a Maria s’sentou a besta da mesa voltou
a rangeire paricendo fazer d’prupósito só pra pruvocaire.
- Diabo d’mesa! – explodiu o Joaquim
- É isso! – falou a Maria. – Vai veire q’el’está
possuída pelo Diabo.
- Istá claro! Só pod’star! – concordou o
Joaquim d’pronto. - E se el’está possuída
milhore q’chamemos um exorcista.
Ligaram intão pra o Manuel q’era formado em
exorcismo na Universidade d’Coimbra com as milhores distinções i louvores.
- Tu fazes exorcismo a domicílio? - quis
sabeire o Joaquim no telefone.
- Se queres “a” domicílio tens q’procuraire
outro. Aqui fazemos tão somente “em” domicílio.
- Tanto faz, cacête! – ralhou o Joaquim. - Si
não for mais caro vem mesmo assim q’o
caso é grave .
Ao chegaire o Manuel, o Joaquim apontou -lhe
a mesa:
- Lá istá el.Vá com cuidado.
O Manuel acendeu um incenso, borrifou um
litro de água benta sobre a mesa d’stroçada , rezou 40 orações e lançou um vade-retro
mandando q’saísse o Malígno d’aquele ambiente q’a el’não p'rtencia.
Em s’guida o Manuel , q’tinha uma bruta duma
barriga, sentou-se na cadeira para descansar-se
do ritual e ela esborrachou-se caindo o Manuel com a bunda no chão. Todos caíram na gargalhada mas daí pra frente não
s'ouviu mais purcaria d'rangindo nenhum.
Foi uma alegria digna d'comemoração , por
isso eles brindaram tomando um copo d’vinho do Porto da milhore qualidade.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)
Terceira história
O
Joaquim incontrou uma lâmpada maravilhosa pirdida numa calçada. Isfregou ela e
d’ela iscapou um gênio com um bigode enorme do tamanho do q’ tinha o Bartolomeu
Bueno da Silva.
- Ó,
Thomas Edison! – exclamou o Joaquim.
- Q’Thomas
Edison, ó paspalho? Não vês q’sou o Manuel? – reagiu o gênio.
-
Manuel! Como é q’tu podes caber dentro dessa lâmpada com essa bruta barriga? – disse o Joaquim.
-
Vais logo pedindo 3 d’sejos q’eu tenho mais o q'fazeire.
-
Pois vou pedire um d’aqueles autumóveis impurtados d’grandi vilocidade.
- E
pra quê?- disse o Manuel irritado. Pra d’pois saires pur aí atrupelando as
p'ssoas ? Não dou autumóvel impurtado coisa n'nhuma. Faça o s'gundu d’sejo.
- Intão
me dês uma mansão d’essas caríssimas q’ficam
numa ilha paradisíaca.
- Ó,
grande cretino! Achas q’s’eu pudesse dar-te uma mansão eu iria morar
apertadinho nessa merda d’lâmpada q’inda pur cima é iscura? – falou o
Manuel. -Trates d’p’dire coisas mais simples,
não vês o tamanho da crise em q’se encontra Purtugal?
- Está
bain, está bain. – r’signou-se o Joaquim. - Então me mandes pra Lua. Quero ver d’lá a
Terra minguante , a Terra crescente e as inebriantes noites d’Terra cheia.
- Ai,
Jisuis! Istou impressionado. Em q’poeta lunático tu te transformaste! Quantos
quilômetros achas q’ tem daqui até a Lua, seu istúpido? Daria pra ires pra
Lisboa e voltaire três mil vezes. Peças mais um, vá, vou-lhe daire um bônus
track.
O
Joaquim ritorceu a boca, levou a mão à bexiga, pensou e p’diu:
- Ai,
estou a precisaire é d’um banheiro
químico.
- O
quê?! - espantou-se o Manuel. O que pensas q’vais fazeire com um banheiro
químico, ó cretino? Estais a deliraire? Acorda, Joaquim! Acorda!
Intão o Joaquim acurdou . Acurdou assustado
com o Manuel a bateire na porta e a gritaire q’estavam ambos atrasados pra o
trabalho na Companhia d’Força e d’Luz.
E o
susto foi tãmanho q’o Joaquim urinou-se tudinhu.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)
Segunda história
Manuel e
Joaquim entraram para o t’rrorismo internacional, um modo fácil d’virar
cel’bridade e d’apurrinhar os americanos q’bem merecem. E s’eram t’rroristas
natural q’praticassem atentados hediondos e outras bestialidades. No décimo
andar d’um edifício no centro d’Nova
Iorque , num apartamento até q’bem bunitinhu , o Manuel pruvidenciava um
petardo com uma panel’d’pressão r’chiada d’pregos da milhoire qualidade,
enquanto o Joaquim fingia arremessar-se da janela com o intuito d’fazeire
juntar l’embaixo uma multidão d’gente curiosa – pois atentado q’s’preze deve
ter multidão e era afinal d’contas em cima d’ela q’se lançaria o demolidoire explosivo.
A multidão formou-se rapidinho e lá d’baixo
acenava e gritava: pula, pula! Isso
deixou o Joaquim tão comuvido q’chamou
o Manuel pra dizeire o quanto essa gente é hospitaleira – q’nem o conhecia, q’nem
falava sua língua e já o tratava assim
tão amistosa , tão cãrinhosamente, querendo q’el’descesse e mais rapidinho pra
perto d’eles. O Manuel também s’pôs tão cheio d’sentimento
nu coração q’imediatamente decidiu substituire os ingredientes da panel’d’pressão
por postas d’bacalhau e batatas,
temperados com louro, dentes d’alho e azeite d’oliva da milhoire safra. Depois
desceram , não pel’janela evident’mente, mas d’elevador, e dirigiram-se ao
encontro da multidão a ofereceire a eles o d’licioso pr’parado. Em s’guida se
puseram abraçaire e beijaire a todos ,
um pur um, num raro, emucionante e ind’scritível esp’táculo d’amizade e
fraternidade entre os povos e nações.
Noutru
dia s’via estampada num buletim interno da organização Al-Qaeda,
esta atônita
e indignada manchete:
“EM NOVA
IORQUE DOIS TERRORISTAS DE MERDA AVACALHARAM POR COMPLETO COM A NOSSA ABENÇOADA
PROFISSÃO”.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)
Primeira história
O cirurgião
ortop’dista Manuel e o anest’sista Joaquim acabam d’recebeire um paciente acid’ntado
com um braço em t’rríveis condições. Num
rápido diagnóstico, o Manuel concluiu:
- Sinto
muito, senhoire, mas vamos ter q’amputá-lo... com o perdão da expressão.
Ato
contínuo puxou um serrote e inquanto o Joaquim s’gurava d’um lado, o Manoel s’rrava
do outro e o paciente se pôs a urrar e urrava tão alto q’se podia ouvi-lo lá
d’Trás-os-Montes mesmo estando os montes todos na frente. Como não se calassed’jeit’algum e já s’passasse das 10 da noite pudendo o fiscal do Psiu aparecer e aplicar-lhes uma multa, fez-se necessário q’o Joaquim aplicasse antes uma cacetada d’marreta pra anestesiar o indócil paciente. E foi uma cacetada tão dura q’a vítima não resistiu e apagou-se no mesmo instante. O Manuel mediu a pulsação e constatou q’infelizmente o homem tinha ido a óbidos, ou milhore, a óbito, q’é um lugaire um bucado mais longe. Em s'guida chamou um funcionário e p’diu q’l’vasse o paciente pro necrotério e q’pusesse os dois, tanto o braço como o cadáver, num mesmo caixão pois q’ambos estavam mortos e afinal d’contas eram parentes.
d’Trás-os-Montes mesmo estando os montes todos na frente. Como não se calassed’jeit’algum e já s’passasse das 10 da noite pudendo o fiscal do Psiu aparecer e aplicar-lhes uma multa, fez-se necessário q’o Joaquim aplicasse antes uma cacetada d’marreta pra anestesiar o indócil paciente. E foi uma cacetada tão dura q’a vítima não resistiu e apagou-se no mesmo instante. O Manuel mediu a pulsação e constatou q’infelizmente o homem tinha ido a óbidos, ou milhore, a óbito, q’é um lugaire um bucado mais longe. Em s'guida chamou um funcionário e p’diu q’l’vasse o paciente pro necrotério e q’pusesse os dois, tanto o braço como o cadáver, num mesmo caixão pois q’ambos estavam mortos e afinal d’contas eram parentes.
Mas logo o funcionário, pra espanto d’todos, voltou
com a notícia d’q’alguma coisa estava errada, pois q’se o braço se achava
d’fato morto, o resto não estava morto coisíssima ninhuma. Uma pausa e foi o
Joaquim que, após cogitar por instantes com seus íntimos butões, assim pronunciou-se:
-
Manuel,... num será q’tu tiraste a pulsação do braço amputado?
segunda-feira, 22 de abril de 2013
OS SENTIDOS
Na aula
sobre os sentidos o professor explicava:
- E tem
o palato. O palato é o ponto sensível do gosto. É onde está o prazer da comida.
O palato, crianças – sentenciou entusiasmado - é o ponto G da alimentação!
No dia
seguinte foi chamado à direção.
- Que
história é essa de “ponto G da alimentação”?! - ralhou o diretor.
-
Didática, senhor – gaguejou o professor. Achei que assim eles compreenderiam melhor.
- E por
que acha que as nossas crianças - criancinhas , de 7 anos -, compreenderiam
melhor a associação de palato, gosto, com ponto
G, professor?!, perguntou o diretor subindo o tom.
- Bom,
essa nova geração... parece tão inteirada nesse tipo de assunto.
- Acha
que minha filha é depravada?
- Sua
filha? Depravada? Nem sabia que o senhor...
- A
pergunta não é minha, professor. É do pai de uma aluna, agora, por telefone!Puto
da vi..., digo, furioso!
- Bom, tem
a tv, a internet...
- Acha que nossas criancinhas são indecentes,
professor?! Agora a pergunta é minha. Acha que minha escola é formada de
criancinhas pervertidas, degeneradas e obcecadas por sexo, professor?!
- Não,
senhor, foi só uma metáfora...
- E o
que acha que uma criancinha – de 7 anos, professor – entende de metáforas?!
- Bom, tem
a tv, a internet...
-
Professor, o senhor por acaso encontrou o ponto G?
- Eu?
Sinceramente? Sim. Encontrei... encontramos. E não foi por acaso.
- No
palato, professor?
- Não,
claro!...
- Passe
no Departamento Pessoal.
- Como?
- Está
demitido!
- Mas...
O
professor levantou-se, caminhou até a porta.
-
Professor! – chamou o diretor novamente.
- Sim.
- Volte
aqui.
- Sim,
senhor.
-
Sente-se.
- Sim,
senhor.
-
Aproxime-se.
- Pois
não.
-
Façamos um acordo.
- Um
acordo?
- Aproxime-se.
- Mais?
- Isso.
Diga-me, professor, aqui pra nós: o senhor encontrou...mesmo?
-
Encontrei o quê? Ah, sim, encontrei... encontramos. E não foi por acaso...nem
no palato.
- Então
conte-me... conte-me tudo: onde? Diga onde, e... está admitido... de novo.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
À GUERRA, MULHERES! – 2
A grande conquista feminista do século acaba
de chegar com a notícia de que o
exército americano se rendeu...acalmem-se... se rendeu a uma antiga demanda
feminista: vai permitir mulheres em combate. Alvíssaras! Enfim, homens e
mulheres caminharão juntos em pé de igualdade, mesmo quando em pé de guerra.
1
- Coronel, vamos atacar com uma tropa formada
apenas de mulheres.
- Ah, o inimigo vai morrer de rir.
- 5 mil mulheres, coronel! Todas com TPM!
2
- Dona Salete, vamos à guerra. A senhora está
convocada.
- Ah, é, bebé! E quem vai ficar com as
crianças? Vaga na creche que é bom vocês
não arranjam.
3
- Ivete.
- Oi.
- Até quando vamos ficar nesse buraco?
- Trincheira, Suzana, o nome disso é trincheira.
- Ivete, acho que o inimigo é gay. Tamos aqui
há 8 horas e ele não ataca nunca.
- ...
- Ivete.
- Que é?!
- Porque a gente usa capacete?
- Pra não estourar esse seu miolo mole.
- E se o inimigo atacar por trás?
- Aí dane-se o capacete: relaxa e aproveita.
- Ivete..
- Que é, pô!
- Se o inimigo for alto, forte, loiro e de
olhos azuis, ainda
temos que chamar de inimigo?
4
Atenção para a última notícia! A invasão de
Borogodó por tropas formadas somente de mulheres sofreu nessa madrugada
uma derrota fragorosa. O inimigo contra-atacou usando... baratas.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Poemas de delicadas escatologias
1
Sempre que chove aqui
no Largo do Cambuci,
dá vontade de fazer xixi.
Agora vão dizer que é intriga,
mas imaginem se fosse no Bixiga?
2
Eu grito
“Te amo, Conceição!”,
um grito comprido.
Inútil.
Seu coração
parece entupido
com cera de ouvido.
3
Ah, insaciável Gabriela!
Olhava-me com olhos de ramela.
Lambia-me com língua de cadela.
4
Veja o que fiz,
Lucinha.
Beijei uma caquinha
na ponta do seu nariz.
Agora estou à míngua,
co’ela todinha
na ponta da minha língua.
5
- Toc, toc!
- Que é?
- Q’tá fazêno?
- Xixi.
- Toc, toc. Cabô?
- Não, tô fazêno cocô.
quarta-feira, 20 de março de 2013
À GUERRA, MULHERES! – 1
O Exército americano acaba de se render a
mais uma demanda feminista: vai permitir mulheres em combate. Ou seja, as
mulheres, enfim, já podem ir à guerra! Viva!... Mas será que estão preparadas?
- Soldado Telma!
- Pois não, sargento.
- Hã... prefere ser chamada de soldado ou
soldada?
- Soldada, senhor.
- Vamos invadir o Iraque.
- De novo? Isto é, quando , senhor?
- Agora.
- Dá tempo de eu ajeitar o cabelo? Não vai
querer que eu vá desse jeito.
- Soldada Telma, na guerra se usa capacete.
- Ah, claro, tem razão, senhor.
- Soldada Telma.
- Sim , senhor.
- A guerra é cruel.
- Compreendo, senhor
- E troque esses sapatos.
- Por quê, não gostou?
- Salto agulha, soldada? Vamos pra guerra,
não vamos perfurar petróleo.
- Desculpe, sargento.
- Calce coturnos. Imediatamente!
- Pois não, senhor. Imediatamente.
- Soldada Telma.
- Eu sei, senhor, a guerra é cruel.
- Dessa vez vamos invadir com tropas formadas
apenas de mulheres.
- Muito justo, senhor.
- Mas tem um problema.
- Problema? Que problema, sargento?
- Nas tropas inimigas só tem homem.
- Oba! Digo, estou preparada, senhor.
- Sabe se defender de engraçadinhos?
- Sim, senhor.
- O que faria se um engraçadinho a abordasse?
- Eu me defendo, senhor.
- Como faria?
- Não se preocupe, senhor.
- Muito bem!
- Posso ir agora?
-Claro, depressa.
- Obrigada, senhor.
- Soldada Telma, volte aqui.
- Sim, senhor.
- O que acha que o inimigo vai pensar desse
seu rebolado?
- É a pressa, senhor, desculpe.
- Tente se controlar. A guerra é cruel,
soldada.
- Entendido, senhor.
- Soldada Telma!
- Sim, sargento.
- Chegue mais perto.
- Pois não, senhor.
- A senhorita é uma gracinha.
- Como disse?
- Pode me dar seu telefone?
- Claro... Que tal esse?
- Ai!! O que é isso?!
- Joelho no saco, senhor. Eu disse que me
defendia.
- Mas eu só estava brincando...
- É como disse, senhor: a guerra é cruel.
segunda-feira, 4 de março de 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Noticiário
barra-pesada
As técnicas de clonagem estão cada vez mais
avançadas. A Universidade de Cambridge ,
na Inglaterra, acaba de anunciar a extraordinária criação de um juiz de futebol...
sem mãe.
Nosso?
A campanha “O petróleo é nosso” foi
desencadeada no Brasil entre 1947 e 1953.
Os americanos gostaram tanto da ideia que até hoje aplicam no mundo inteiro.
Capricho
As portas giratórias, as câmeras, os
guardas nos bancos, não são uma questão
de segurança. Mas uma preocupação competitiva que têm os banqueiros de que você
entre lá e roube mais do que eles.
Paradoxo
de classes
“Mulheres ricas”,o programa de TV: quando
classe alta também é baixa.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Um
vice-presidente não tem muito o que fazer. Uns fazem caça-palavras, outros
caçam moscas. Outros escrevem poemas. Depois publicam. Depois postulam vaga na
Academia. Minha consciência disse: “Ó: abra a gaveta, mostra tudo! Não há o que
temer.” Foi o que fiz. É o que faço.Espero que o Ayres Brito goste. Depois
postulo vaga à vice-presidência.
Da série: sobre o sexo das
espécies
Poema das cópulas do leão
140.
E tudo
num só dia!
E nem
manda flores.
Nem diz
palavras de carinho.
Muito
menos oferece joias.
Admirável
esse leão.
Admirável
esse leão!
O
lebiste copula 5 vezes por minuto.
O
lebiste é um peixe de aquário,
mede de
3 a 6 cm.
Você que
nem tem isso de pênis,
anime-se.
O que se
pode fazer com muito menos, hein?!
O pica-pau
Animal
mais imoral.
Não
contente em ser pica
também é
pau.
O
cientista
- e moralista
–
Dr Dênis,
o chama
de pênis-pênis.
O elefante
Não sei
quantas vezes
transa
um elefante.
Não deve
ser bastante.
Uma ,
duas por ano,
se não
me engano.
Nos
outros dias,
credes?
a
elefanta sobe pelas paredes.
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