Segunda história
Manuel e
Joaquim entraram para o t’rrorismo internacional, um modo fácil d’virar
cel’bridade e d’apurrinhar os americanos q’bem merecem. E s’eram t’rroristas
natural q’praticassem atentados hediondos e outras bestialidades. No décimo
andar d’um edifício no centro d’Nova
Iorque , num apartamento até q’bem bunitinhu , o Manuel pruvidenciava um
petardo com uma panel’d’pressão r’chiada d’pregos da milhoire qualidade,
enquanto o Joaquim fingia arremessar-se da janela com o intuito d’fazeire
juntar l’embaixo uma multidão d’gente curiosa – pois atentado q’s’preze deve
ter multidão e era afinal d’contas em cima d’ela q’se lançaria o demolidoire explosivo.
A multidão formou-se rapidinho e lá d’baixo
acenava e gritava: pula, pula! Isso
deixou o Joaquim tão comuvido q’chamou
o Manuel pra dizeire o quanto essa gente é hospitaleira – q’nem o conhecia, q’nem
falava sua língua e já o tratava assim
tão amistosa , tão cãrinhosamente, querendo q’el’descesse e mais rapidinho pra
perto d’eles. O Manuel também s’pôs tão cheio d’sentimento
nu coração q’imediatamente decidiu substituire os ingredientes da panel’d’pressão
por postas d’bacalhau e batatas,
temperados com louro, dentes d’alho e azeite d’oliva da milhoire safra. Depois
desceram , não pel’janela evident’mente, mas d’elevador, e dirigiram-se ao
encontro da multidão a ofereceire a eles o d’licioso pr’parado. Em s’guida se
puseram abraçaire e beijaire a todos ,
um pur um, num raro, emucionante e ind’scritível esp’táculo d’amizade e
fraternidade entre os povos e nações.
Noutru
dia s’via estampada num buletim interno da organização Al-Qaeda,
esta atônita
e indignada manchete:
“EM NOVA
IORQUE DOIS TERRORISTAS DE MERDA AVACALHARAM POR COMPLETO COM A NOSSA ABENÇOADA
PROFISSÃO”.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirBom demais, Vasqs!
Baeijus