segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Máximas rudimentares de Shao Xao Ciao, um filósofo sino-bolonhês

A Globo fez mea culpa pelo apoio que deu à ditadura. Agora, toda vez que trata de sonegação eu esfrego as mãos: oba, vem outro!

Síria. A convivência pacífica entre os povos é perfeitamente. A mediterrânea é que anda o diabo. 

Tem privilégio até no mundo vegetal! Vejam aquela florzinha – pô, por que só ela se chama primavera?

sexta-feira, 26 de julho de 2013

CAFÉ DE COCÔ DE CU DE JACU

Já tomô? Bão que só. Iguaria dessa chega a custar 300 conto o quilo! 8 conto uma chicrinha!
O mineirinho, faro fino pros negócio, tinha lá  uns pé de café e umas cria de jacu.
Um dia recebeu um cumpadre com aquela hospitalidade costumeira: sorrisão, abraços, etc.
- Que beleza de galinha é essa? - reparou o cumpadre numas ave isquisita ciscando no chão.
- É galinha, não - retrucou o mineirinho.
- Uai, é quê, intão?
- É jacu.
- Jacu?
- É. Pra fazê café de cocô de cu de jacu.
- Diacho! Café de quê?
- Já disse: de cocô de cu de jacu. É só pô o pó do cocô no coadô e tomá.
- Diacho! E fica bão?
- Bão que só.
- Hum,...-  fez o cumpadre fungando no ar – deve de sê memo, pelo cheirinho que vem vindo,... a cumadre já tá passando um fresquim.
- Tá, não.
- Não? Mas que tá cherano, tá.
- É o jacu.
- O jacu?
- É. O jacu que peidô.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)


Quinta história
  Trata-se esta história d’uma fita purnugráfica, a q’as crianças tambaim podem veire desd’q’acompanhadas dos pais.
  O Joaquim incontra-se com o Manuel numa praia d’nudismo. O Manuel está tudinho int’rrado n’areia só aparecendo sua vulumosa cabeça.
  - Joaquim, tu tambaim aderiste à prática do p’ladismo? – diz o Manuel.
  - P’ladismo, não: naturismo – corrige o Joaquim.
  - P’rmita-me observar,  mas q’coisinha insignificante tens aí, hein!, hahaha – diz o Manuel a troçaire da piroca do Joaquim.
  - E tu deves estaire a morreire d’virgonha da sua, assim todinho int’rrado – r’bate o Joaquim.
  - Joaquim, tu és mesmo um cr’tino – r’plica o Manuel. - Não vês  q’é uma m’táfora a repr’sentaire o racionalismo ocidental em contrapusição à ispiritualidade oriental?
  Nest’momento entra em cena a Mãria. Istá inteiri-nha m’tida numa burca – a representaire a tal da ispiritualidade oriental -  só mostrando seus olhinhos pr’tinhos d’jabuticaba. O Manuel, ixcita-do,  diz qualquer coisa d’cunho tipicamente ocidental:
  - Hum, esta cachopa é a nora q’meu pai gustaria d’teire. Livre-se d’sse casulo, minha doce burbuleta, e venha pousar em meu sulitário curação.
  É quando s’met’em cena um índio da tribo kaiapó.
  - Mim procurar  a praia de naturismo.
  - Aqui mesmo - diz o Joaquim.
  - Vejo q’estais ixtraviado - diz o Manuel.
  - Ixtraviado? – diz o Joaquim. - Hum, tem m’smo um jeitão.
  - Mim veio praticar naturismo, como vocês.
  - Epa, a mim tu não comes, não - esquiva-se o Joaquim.
  - Nem a mim - diz o Manuel.  – Mas que raios,  não estoi a veire  a m’nor graça: um índio a prati-caire p’ladismo , q’ r’dundância istupida é essa?
  - E você, por que estar enterrado feito uma marmota? E essa mulher, por que veste esse manto num campo de nudismo? E quem é esse bofe interessantíssimo do seu lado? – diz o kaiapó.
  A Mãria interrompe a cunversa , apruxima-se da cabeça du Manuel e diz:
  - Tu falas coisas tão lindas.
  E d’pois o beija ardent’mente.
  O índio aproxima-se do Joaquim para beijá-lo tambaim ard’nt’mente, mas o Joaquim escaf’d-se d’le pra Purtugal atravessando o oceano a nado.
  O  Manuel apaixona-se p’rdidamente p’la Maria e ela pur ele , vivendo ambos f’lizes pra sempre – ela d’burca e o Manuel tambaim d’burca.
  O índio e o Joaquim têm igualmente um final f’liz. Acabam  s’incontrando,  s’gostando  e s’casando -  mas isso em Paris, pois q’agora lá el’s deixam.




Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)


Sexta história
  Os eletricistas Manuel e Joaquim estão a trabalhaire num poste. Em cima o Manuel a mexeire com os fios e lá embaixo o Joaquim a seguraire a escada.
  D’repente deu no Joaquim uma vontade  bestial  d’tomaire um lanche. Abriu um pacotinho e antes d’levaire o lanche à boca, el’gritou:
  - Ó , Manuel!
  - Q’é? – respondeu o Manuel lá d’cima.
  - Queres uma torrada?
  - Hãin?
  - P'rguntei se tu queres uma torrada?
  Foi então q’o Manuel distraiu-se , tomou um bruta dum curto-cicuito e quedou-se lá embaixo estat’lado e pretinho da silva.
  O Joaquim aproximou-se d’ele , suspirou e disse:
  - Bãin, ... parece q’o Manuel não bai quereire uma torrada.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)


Quarta história
O Joaquim almoçava sussegado c’os cutuvelos sobre a mesa quando comiçou a ouvire um rangido isquisito. Tirava os cutuvelos da mesa mas ela rangia mesmo assim. Culucava eles d'volta i el’rangia outra vez. Aburrecido, tirou o prato da mesa e passou a almoçaire com o prato nu colo, mas ind'assim a cretina da mesa rangia.
- Cacête d’mesa d’sgraçada, gritou ele furioso.
 E mandou um chute tão puderoso n’ela q’ela foi paraire na parede i quebrou-se pur inteiro. O Joaquim respirou aliviado, e voltou a sentaire na cãdeira pra pruss’guire com  o almoço, mas mal l'vou o garfo à boca e a maldita mesa rangeu d’novo  m'smo estando espatifada. Ergueu a mesa com os braços e a jogou com toda força q’tinha lá nos fundos do quintal deixando el’em p’tição d’miséria. Foi intão q’a vizinha Maria tucou a campainha a sabeire o q’se passava e purquê d’tanta algaravia. O Joaquim intão of’receu a cãdeira pra q’ela s’sentasse inquanto preparava um cafezinho i contava a história toda. Mal a  Maria s’sentou a besta da mesa voltou a rangeire paricendo fazer d’prupósito só pra pruvocaire.
- Diabo d’mesa! – explodiu o Joaquim
- É isso! – falou a Maria. – Vai veire q’el’está possuída pelo Diabo.
- Istá claro! Só pod’star! – concordou o Joaquim d’pronto. -  E se el’está possuída milhore q’chamemos um exorcista.
Ligaram intão pra o Manuel q’era formado em exorcismo na Universidade d’Coimbra com as milhores distinções i louvores.
- Tu fazes exorcismo a domicílio? - quis sabeire o Joaquim no telefone.
- Se queres “a” domicílio tens q’procuraire outro. Aqui fazemos tão somente “em” domicílio.
- Tanto faz, cacête! – ralhou o Joaquim. - Si não for mais caro vem mesmo assim  q’o caso é grave . 
Ao chegaire o Manuel, o Joaquim apontou -lhe a mesa:
- Lá istá el.Vá com cuidado.
O Manuel acendeu um incenso, borrifou um litro de água benta sobre a mesa d’stroçada , rezou 40 orações e lançou um vade-retro mandando q’saísse o Malígno d’aquele ambiente q’a el’não p'rtencia.
Em s’guida o Manuel , q’tinha uma bruta duma barriga,  sentou-se na cadeira para descansar-se do ritual e ela esborrachou-se caindo o Manuel com a bunda no chão. Todos caíram na gargalhada mas daí pra frente não s'ouviu mais purcaria d'rangindo nenhum.
Foi uma alegria digna d'comemoração , por isso eles brindaram tomando um copo d’vinho do Porto da milhore qualidade.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)


Terceira história
  O Joaquim incontrou uma lâmpada maravilhosa pirdida numa calçada. Isfregou ela e d’ela iscapou um gênio com um bigode enorme do tamanho do q’ tinha o Bartolomeu Bueno da Silva.
  - Ó, Thomas Edison! – exclamou o Joaquim.
  - Q’Thomas Edison, ó paspalho? Não vês q’sou o Manuel? – reagiu o gênio.
  - Manuel! Como é q’tu podes caber  dentro dessa lâmpada com essa bruta barriga? – disse o Joaquim.
  - Vais logo pedindo 3 d’sejos q’eu tenho mais o q'fazeire.
  - Pois vou pedire um d’aqueles autumóveis impurtados d’grandi vilocidade.
  - E pra quê?- disse o Manuel irritado. Pra d’pois saires pur aí atrupelando as p'ssoas ? Não dou autumóvel impurtado coisa n'nhuma. Faça o s'gundu d’sejo.
  - Intão me dês uma  mansão d’essas caríssimas q’ficam numa ilha paradisíaca.
  - Ó, grande cretino! Achas q’s’eu pudesse dar-te uma mansão eu iria morar apertadinho nessa merda d’lâmpada q’inda pur cima é iscura? – falou o
Manuel. -Trates d’p’dire coisas mais simples, não vês o tamanho da crise em q’se encontra Purtugal?
  - Está bain, está bain. – r’signou-se o Joaquim. -  Então me mandes pra Lua. Quero ver d’lá a Terra minguante , a Terra crescente e as inebriantes noites d’Terra cheia.
  - Ai, Jisuis! Istou impressionado. Em q’poeta lunático tu te transformaste! Quantos quilômetros achas q’ tem daqui até a Lua, seu istúpido? Daria pra ires pra Lisboa e voltaire três mil vezes. Peças mais um, vá, vou-lhe daire um bônus track.
  O Joaquim ritorceu a boca, levou a mão à bexiga, pensou e p’diu:
  - Ai, estou a precisaire  é d’um banheiro químico.
  - O quê?! - espantou-se o Manuel. O que pensas q’vais fazeire com um banheiro químico, ó cretino? Estais a deliraire? Acorda, Joaquim! Acorda!
  Intão o Joaquim acurdou . Acurdou assustado com o Manuel a bateire na porta e a gritaire q’estavam ambos atrasados pra o trabalho na Companhia d’Força e d’Luz.
   E o susto foi tãmanho q’o Joaquim urinou-se tudinhu.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário. (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)


Segunda história
Manuel e Joaquim entraram para o t’rrorismo internacional, um modo fácil d’virar cel’bridade e d’apurrinhar os americanos q’bem merecem. E s’eram t’rroristas natural q’praticassem atentados hediondos e outras bestialidades. No décimo andar  d’um edifício no centro d’Nova Iorque , num apartamento até q’bem bunitinhu , o Manuel pruvidenciava um petardo com uma panel’d’pressão r’chiada d’pregos da milhoire qualidade, enquanto o Joaquim fingia arremessar-se da janela com o intuito d’fazeire juntar l’embaixo uma multidão d’gente curiosa – pois atentado q’s’preze deve ter multidão e era afinal d’contas em cima d’ela q’se lançaria o demolidoire explosivo. A multidão  formou-se rapidinho e lá d’baixo acenava e gritava: pula, pula! Isso  deixou o Joaquim  tão comuvido q’chamou o Manuel pra dizeire o quanto essa gente é hospitaleira – q’nem o conhecia, q’nem falava sua língua e já o  tratava assim tão amistosa , tão cãrinhosamente, querendo q’el’descesse e mais rapidinho pra perto d’eles.  O Manuel também s’pôs tão cheio d’sentimento nu coração  q’imediatamente decidiu  substituire os ingredientes da panel’d’pressão por  postas d’bacalhau e batatas, temperados com louro, dentes d’alho e azeite d’oliva da milhoire safra. Depois desceram , não pel’janela evident’mente, mas d’elevador, e dirigiram-se ao encontro da multidão a ofereceire a eles o d’licioso pr’parado. Em s’guida se puseram  abraçaire e beijaire a todos , um pur um, num raro, emucionante e ind’scritível esp’táculo d’amizade e fraternidade entre os povos e nações.

Noutru dia s’via estampada num buletim interno da organização Al-Qaeda, esta atônita e indignada manchete:

“EM NOVA IORQUE DOIS TERRORISTAS DE MERDA AVACALHARAM POR COMPLETO COM A NOSSA ABENÇOADA PROFISSÃO”.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Histórias alegres d’Joaquim e d’Manuel – um d’licioso passatempo lit’rário (ficam milhores s’forem lidas com sutaque)


Primeira história
  O cirurgião ortop’dista Manuel e o anest’sista Joaquim acabam d’recebeire um paciente acid’ntado com um braço em t’rríveis condições. Num rápido diagnóstico, o Manuel concluiu:
  - Sinto muito, senhoire, mas vamos ter q’amputá-lo... com o perdão da expressão.
  Ato contínuo puxou um serrote e inquanto o Joaquim s’gurava d’um lado, o Manoel s’rrava do outro e o paciente se pôs a urrar e urrava tão alto q’se podia ouvi-lo lá 
d’Trás-os-Montes mesmo estando os montes todos na frente. Como não se calassed’jeit’algum e já s’passasse das 10 da noite pudendo o fiscal do Psiu aparecer e aplicar-lhes uma multa, fez-se necessário q’o Joaquim aplicasse antes uma cacetada d’marreta pra anestesiar o indócil paciente. E foi uma cacetada tão dura q’a vítima não resistiu e apagou-se no mesmo instante. O Manuel mediu a pulsação e constatou q’infelizmente o homem tinha ido a óbidos, ou milhore, a óbito, q’é um lugaire um bucado mais longe. Em s'guida chamou um funcionário e p’diu q’l’vasse o paciente pro necrotério e q’pusesse os dois, tanto o braço como o cadáver, num mesmo caixão pois q’ambos estavam mortos e afinal d’contas eram parentes.
  Mas logo o funcionário, pra espanto d’todos, voltou com a notícia d’q’alguma coisa estava errada, pois q’se o braço se achava d’fato morto, o resto não estava morto coisíssima ninhuma. Uma pausa e foi o Joaquim que, após cogitar por instantes com seus íntimos butões, assim pronunciou-se:
 - Manuel,... num será q’tu tiraste a pulsação do braço amputado?

segunda-feira, 22 de abril de 2013

OS SENTIDOS

Na aula sobre os sentidos o professor explicava:
- E tem o palato. O palato é o ponto sensível do gosto. É onde está o prazer da comida. O palato, crianças – sentenciou entusiasmado - é o ponto G da alimentação!

No dia seguinte foi chamado à direção.

- Que história é essa de “ponto G da alimentação”?! - ralhou o diretor.
- Didática, senhor – gaguejou o professor.  Achei que assim eles compreenderiam melhor.
- E por que acha que as nossas crianças - criancinhas , de 7 anos -, compreenderiam melhor a associação de palato, gosto, com ponto G, professor?!, perguntou o diretor subindo o tom.
- Bom, essa nova geração... parece tão inteirada nesse tipo de assunto.
- Acha que minha filha é depravada?
- Sua filha? Depravada? Nem sabia que o senhor...
- A pergunta não é minha, professor. É do pai de uma aluna, agora, por telefone!Puto da vi..., digo,  furioso!
- Bom, tem a tv, a internet...
 - Acha que nossas criancinhas são indecentes, professor?! Agora a pergunta é minha. Acha que minha escola é formada de criancinhas pervertidas, degeneradas e obcecadas por sexo, professor?!
- Não, senhor, foi só uma metáfora...
- E o que acha que uma criancinha – de 7 anos, professor – entende de metáforas?!
- Bom, tem a tv, a internet...
- Professor, o senhor por acaso encontrou o ponto G?
- Eu? Sinceramente? Sim. Encontrei... encontramos. E não foi por acaso.
- No palato, professor?
- Não, claro!...
- Passe no Departamento Pessoal.
- Como?
- Está demitido!
- Mas...

O professor levantou-se, caminhou até a porta.

- Professor! – chamou o diretor novamente.
- Sim.
- Volte aqui.
- Sim, senhor.
- Sente-se.
- Sim, senhor.
- Aproxime-se.
- Pois não.
- Façamos um acordo.
- Um acordo?
- Aproxime-se.
- Mais?
- Isso. Diga-me, professor, aqui pra nós: o senhor encontrou...mesmo?
- Encontrei o quê? Ah, sim, encontrei... encontramos. E não foi por acaso...nem no palato.
- Então conte-me... conte-me tudo: onde? Diga onde, e... está admitido... de novo.


quarta-feira, 10 de abril de 2013

À GUERRA, MULHERES! – 2


A grande conquista feminista do século acaba de chegar  com a notícia de que o exército americano se rendeu...acalmem-se... se rendeu a uma antiga demanda feminista: vai permitir mulheres em combate. Alvíssaras! Enfim, homens e mulheres caminharão juntos em pé de igualdade, mesmo quando em pé de guerra.

1
- Coronel, vamos atacar com uma tropa formada apenas de mulheres.
- Ah, o inimigo vai morrer de rir.
- 5 mil mulheres, coronel! Todas com TPM!
 2
- Dona Salete, vamos à guerra. A senhora está convocada.
- Ah, é, bebé! E quem vai ficar com as crianças? Vaga na creche que é  bom vocês não arranjam.
3
- Ivete.
- Oi.
- Até quando vamos ficar nesse buraco?
- Trincheira, Suzana, o nome disso  é trincheira.
- Ivete, acho que o inimigo é gay. Tamos aqui há 8 horas e ele não ataca nunca.
- ...
- Ivete.
- Que é?!
- Porque a gente usa capacete?
- Pra não estourar esse seu miolo mole.
- E se o inimigo atacar por trás?
- Aí dane-se o capacete: relaxa e aproveita.
- Ivete..
- Que é, pô!
- Se o inimigo for alto, forte, loiro e de olhos azuis, ainda
temos que chamar de inimigo?
4
Atenção para a última notícia! A invasão de Borogodó por tropas formadas somente de mulheres sofreu nessa madrugada uma derrota fragorosa. O inimigo contra-atacou usando... baratas.




sexta-feira, 5 de abril de 2013

Poemas de delicadas escatologias


1
Sempre que chove aqui
no Largo do Cambuci,
dá vontade de fazer xixi.

Agora vão dizer que é intriga,
mas imaginem se fosse no Bixiga?

2
Eu grito
“Te amo, Conceição!”,
um grito comprido.
Inútil.
Seu coração
parece entupido
com cera de ouvido.

3
Ah, insaciável Gabriela!
Olhava-me com olhos de ramela.
Lambia-me com língua de cadela.

4
Veja o que fiz,
Lucinha.
Beijei uma caquinha
na ponta do seu nariz.
Agora estou à míngua,
co’ela todinha
na ponta da minha língua.

5
- Toc, toc!
- Que é?
- Q’tá fazêno?
- Xixi.
- Toc, toc. Cabô?
- Não, tô fazêno cocô.

quarta-feira, 20 de março de 2013

À GUERRA, MULHERES! – 1

O Exército americano acaba de se render a mais uma demanda feminista: vai permitir mulheres em combate. Ou seja, as mulheres, enfim, já podem ir à guerra!  Viva!... Mas será que estão preparadas?
- Soldado Telma!
- Pois não, sargento.
- Hã... prefere ser chamada de soldado ou soldada?
- Soldada, senhor.
- Vamos invadir o Iraque.
- De novo? Isto é, quando , senhor?
- Agora.
- Dá tempo de eu ajeitar o cabelo? Não vai querer que eu vá desse jeito.
- Soldada Telma, na guerra se usa capacete.
- Ah, claro, tem razão, senhor.
- Soldada Telma.
- Sim , senhor.
- A guerra é cruel.
- Compreendo, senhor
- E troque esses sapatos.
- Por quê, não gostou?
- Salto agulha, soldada? Vamos pra guerra, não vamos perfurar petróleo.
- Desculpe, sargento.
- Calce coturnos. Imediatamente!
- Pois não, senhor. Imediatamente.
- Soldada Telma.
- Eu sei, senhor, a guerra é cruel.
- Dessa vez vamos invadir com tropas formadas apenas de mulheres.
- Muito justo, senhor.
- Mas tem um problema.
- Problema? Que problema, sargento?
- Nas tropas inimigas só tem homem.
- Oba! Digo, estou preparada, senhor.
- Sabe se defender de engraçadinhos?
- Sim, senhor.
- O que faria se um engraçadinho a abordasse?
- Eu me defendo, senhor.
- Como faria?
- Não se preocupe, senhor.
- Muito bem!
- Posso ir agora?
-Claro, depressa.
- Obrigada, senhor.
- Soldada Telma, volte aqui.
- Sim, senhor.
- O que acha que o inimigo vai pensar desse seu rebolado?
- É a pressa, senhor, desculpe.
- Tente se controlar. A guerra é cruel, soldada.
- Entendido, senhor.
- Soldada Telma!
- Sim, sargento.
- Chegue mais perto.
- Pois não, senhor.
- A senhorita é uma gracinha.
- Como disse?
- Pode me dar seu telefone?
- Claro... Que tal esse?
- Ai!! O que é isso?!
- Joelho no saco, senhor. Eu disse que me defendia.
- Mas eu só estava brincando...
- É como disse, senhor: a guerra é cruel.




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


Noticiário barra-pesada
As técnicas de clonagem estão cada vez mais avançadas. A  Universidade de Cambridge , na Inglaterra, acaba de anunciar a extraordinária criação de um juiz de futebol... sem mãe.

Nosso?
A campanha “O petróleo é nosso” foi desencadeada  no Brasil entre 1947 e 1953. Os americanos gostaram tanto da ideia que até hoje aplicam no mundo inteiro.

Capricho
As portas giratórias, as câmeras, os guardas  nos bancos, não são uma questão de segurança. Mas uma preocupação competitiva que têm os banqueiros de que você entre lá e roube mais do que eles.

Paradoxo de classes
“Mulheres ricas”,o programa de TV: quando classe alta também é baixa.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013


Um vice-presidente não tem muito o que fazer. Uns fazem caça-palavras, outros caçam moscas. Outros escrevem poemas. Depois publicam. Depois postulam vaga na Academia. Minha consciência disse: “Ó: abra a gaveta, mostra tudo! Não há o que temer.” Foi o que fiz. É o que faço.Espero que o Ayres Brito goste. Depois postulo vaga à vice-presidência.


Da série: sobre o sexo das espécies 

Poema das cópulas do leão
140.
E tudo num só dia!
E nem manda flores.
Nem diz palavras de carinho.
Muito menos oferece joias.
Admirável esse leão.
Admirável esse leão!

 O lebiste –
O lebiste copula 5 vezes por minuto.
O lebiste é um peixe de aquário,
mede de 3 a 6 cm.
Você que nem tem isso de pênis,
anime-se.
O que se pode fazer com muito menos, hein?!

O pica-pau
Animal mais imoral.
Não contente em ser pica
também é pau.
O cientista
- e moralista –
Dr Dênis,
o chama de pênis-pênis.

O elefante
Não sei quantas vezes
transa um elefante.
Não deve ser bastante.
Uma , duas por ano,
se não me engano.
Nos outros dias,
credes?
a elefanta sobe pelas paredes.