- E tem
o palato. O palato é o ponto sensível do gosto. É onde está o prazer da comida.
O palato, crianças – sentenciou entusiasmado - é o ponto G da alimentação!
No dia
seguinte foi chamado à direção.
- Que
história é essa de “ponto G da alimentação”?! - ralhou o diretor.
-
Didática, senhor – gaguejou o professor. Achei que assim eles compreenderiam melhor.
- E por
que acha que as nossas crianças - criancinhas , de 7 anos -, compreenderiam
melhor a associação de palato, gosto, com ponto
G, professor?!, perguntou o diretor subindo o tom.
- Bom,
essa nova geração... parece tão inteirada nesse tipo de assunto.
- Acha
que minha filha é depravada?
- Sua
filha? Depravada? Nem sabia que o senhor...
- A
pergunta não é minha, professor. É do pai de uma aluna, agora, por telefone!Puto
da vi..., digo, furioso!
- Bom, tem
a tv, a internet...
- Acha que nossas criancinhas são indecentes,
professor?! Agora a pergunta é minha. Acha que minha escola é formada de
criancinhas pervertidas, degeneradas e obcecadas por sexo, professor?!
- Não,
senhor, foi só uma metáfora...
- E o
que acha que uma criancinha – de 7 anos, professor – entende de metáforas?!
- Bom, tem
a tv, a internet...
-
Professor, o senhor por acaso encontrou o ponto G?
- Eu?
Sinceramente? Sim. Encontrei... encontramos. E não foi por acaso.
- No
palato, professor?
- Não,
claro!...
- Passe
no Departamento Pessoal.
- Como?
- Está
demitido!
- Mas...
O
professor levantou-se, caminhou até a porta.
-
Professor! – chamou o diretor novamente.
- Sim.
- Volte
aqui.
- Sim,
senhor.
-
Sente-se.
- Sim,
senhor.
-
Aproxime-se.
- Pois
não.
-
Façamos um acordo.
- Um
acordo?
- Aproxime-se.
- Mais?
- Isso.
Diga-me, professor, aqui pra nós: o senhor encontrou...mesmo?
-
Encontrei o quê? Ah, sim, encontrei... encontramos. E não foi por acaso...nem
no palato.
- Então
conte-me... conte-me tudo: onde? Diga onde, e... está admitido... de novo.
Demais.
ResponderExcluirNo ponto - G.